terça-feira, 11 de dezembro de 2012
O jabuti
Sair de minha serra
E fui para cidade
e logo fui brigando
com o Juiz de direito
homem da sociedade.
Tive uma discussão com o Juiz
passei-lhe a bengala
arrebentei o nariz
como o homem era graúdo
eu não pude ser feliz.
me botou 50 praças
para me pôr amarrado
eu que não era besta
usei dos meus direitos
e entrei abaixado.
Naquela fuga tremenda
tiro de fuzilaria
passei num quintal
uma moça bonita eu via.
O Pai dessa moça bonita
era valente e bandido
que me pôs de papo pra riba
se não fosse os anjos do céu
eu ficava por toda vida.
Dei um jeito
e botei a moça nova debaixo do meu capote
sem ter sisma e cerimônia
eu fiquei lhe carinhando
dando uns bisliscão e umas bicotas.
Entramos caatinga a dentro
e a moça só cuspindo
dando parte de pejada
e o que ela desejava
era comer juriti assada.
Deixei a moça na sombra
e peguei meu granadeiro
entrei na mata cerrada
pra matar um juriti
pra moça comer assada.
Mas quando olhei pra mim
que vi meus pés todo rasgado
meu capote esfarrapado
eu pensei nos meus parentes e irmãos
e disse: vou atrás de moça nada!
deixei a moça no mato
e me mandei pro meu sertão.
Eles pra me chatear
me chama de venta de porco
tromba de barrão,
Narizinho sem suspeito
amor de nego pagão,
mas meu nome verdadeiro
registrado e batizado é:
Cago da cutinbiga
por nome bomba riguiga
verdugues teles guigó,
capucha, puxa e arripucha,
papo mole de infuzão,
João gongo Julião
e como alcunha me tratam:
Isidro José Calangão.
Minha linda.
Resisto minha saudade
Orando por te querida,
Busco com intensidade
Enalteço sem medida,
Raio de felicidade,
Ternura sem igualdade:
Agradeço por tua vida.
Com toda dedicação
Afeto e veracidade
Renovo com emoção
Os martírios da saudade
Levarei sempre comigo
Isso forte no meu peito
Nos meus versos enfatizo
Esse amor lindo e perfeito.
Transformação
Se fosse do
meu desejo
A
humanidade humanizava.
O julgo dos
algozes
Alegre
perdoava.
Por anjos
dirigidos,
Livres e
destemidos
Na longa
rotina humilde procurava
Até
encontrar a ultima alma
Para dizer:
perdoa-me.
Dona ética
E lá se foi dona ética
A procura da verdade
Voltou muito frenética
Sem saber na genética
Seu apreço e qualidade.
Cheia de teimosia
Recorreu mestre glossário
Viu sem muita alegria
A sua filosofia
Vivendo no imaginário.
Guerrilheiro
Guerrilhei de forma ativa,
Apólice prejudicial,
Com freqüência cansativa
Sem reserva preventiva
Num embate crucial.
Tirei forças da esperança,
Do sustento do meu lar,
Excessiva confiança,
Transtorna minha lembrança
Só de pouco imaginar.
Castrei possibilidade
Abundante e genial,
Renunciei felicidade,
Sem malicia e sem maldade
Pelo bem comum social.
Depois de brava façanha
Com semblante semimorto,
Obscuridade estranha
Repudio-me de vergonha
Do desprezo e desconforto.
Encanto que trafega
Encanto que trafega
Na minha contra mão
Olhar que escorrega
Coração que se
entrega...
Transbordando de
ilusão.
Seu mundo não é o meu
Não faz bem nem
imaginar
Ainda que seja o seu
O peito já preencheu,
Não vive mais a
sonhar.
Na farmácia
Se na farmácia eu achasse
O remédio que preciso,
Mesmo com disparidade
Abria todo sorriso
Com amor e felicidade
Faria meu paraíso.
O remédio que preciso
É difícil de encontrar
Não é liquido e nem gasoso
Nem sólido a descongelar
É um pouco duvidoso
A humanidade resgatar
Preciso de harmonia
Nessa guerra infinita
Por tudo que o homem faz
Estressa e nos agita
Longe fica nossa paz
Nesta rinha que se hesita
domingo, 9 de dezembro de 2012
Nosso Natal
Felicidade
é reencontrar neste natal os mesmos olhos brilhando e sorrindo de alegria pelo
reencontro.
Felicidade
é comemorar o ano que finaliza parabenizando a vida por mais um ano cultivada
pelo criador, mesmo que tenha havido prejuízos materiais.
A
vida foge em direção à vida. Não vivemos por viver, mas por um sentido fundamental
de vida em dois tempos, parcial e total, ou seja, terrena e eterna numa incógnita
dimensão, somos obras primas e não brinquedos do criador. Somos estagiários a
procura de um espaço que nos faça sorrir eternamente. Infelizmente a nossa vida
é muito profana, mas o sentido é imaterial.
Feliz natal!!!
Feliz natal!!!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Alcoolismo
Tal qual folha seca
A rolar sem destino
Castiga soprando o vento
A quem pensa em voltar
Sem rumo na vida
Com o espírito sem pulso
Sem alto domínio
Fraqueza mental
Com a mente apoderada
Neurônios perdidos
Sem brilho ou reflexo
Num mar fragilizado
Sem riso e sem bênção
Sempre alcoolizado.
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