Bodas de casamento
Primeiro ano algodão
E o segundo, papel
Terceiro fala-se couro
Belo começo de mel
Na conquista do tesouro
O alcance do tal ouro
Alegra-se todo céu.
Quinto ano, madeira
Já se põe enraizando
Chega o sétimo, estanho
O amor desabrochando
Sem segredo sem acanho
Sem dimensão de tamanho
A prole vai aumentando.
Décimo ano é seda
O equilíbrio da caminhada
Geralmente se contém
A vivência alicerçada
O caminho que o mantém
Com firmeza vai além
Até o fim da jornada.
Décimo quinto ano é cristal
Onde tudo se harmoniza
A criança na escola
Tudo se tranqüiliza
E assim a coisa rola
Todo dia uma história
O casal contabiliza.
Vigésimo ano porcelana
Com o amor em freqüência
Uma estrada decidida
De carinho e coerência
Mutuamente compreendida
Caminhada prosseguida
Com razão e referencia.
Vigésimo quinto ano é prata
Transformam-se, sem mudar
Transformam fisicamente
Mas ambos sempre a amar
Na caminhada freqüente
Sempre mais consciente
Do caminho a caminhar.
Trigésimo ano é pérola
Quadragésimo esmeralda
A riqueza desse tempo
São somas que se respaldam
Todo contentamento
De preservar sem tormento
Sem espaço pra ressalvas.
Quadragésimo quinto é rubi
Um minério precioso
Que fortifica a beleza
Com lindo tom carinhoso
O amor e a realeza
Da mais plebe a alteza
É ser do lado amoroso
Qüinquagésimo ano é ouro
A blindagem do amor
Se até a prata foi confiante
O ouro concretizou
Aguardará diamante
Sexagésimo radiante
Se o altíssimo autorizou.
Quando ambos regozijam
Com saúde vigorante
Suas bodas se destinam
Indo bem mais adiante
Sexagésimo quinto é platina
Finalizando a rotina
Septuagésimo quinto, brilhante.
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