quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mais vale dinheiro na caixa
Que amigo da praça

Quando a roça tá verdinha
Não para de ser visitada
Aves de todas as espécies
Quase toda bicharada,
Se o dono não for esperto
A ele não sobra nada.

Quando tudo se acaba
Os visitantes se afastam
Nem se quer por cortesia
Por perto ali algum passa
Desaparecem os amigos
De passarinho a lagarta.

A vida do ser humano
É repleta de façanha,
Quando o infortúnio vem
Quase tudo estranha
Consideração não se tem
Respeito não se mantém
Chega até se ter vergonha.

Quando o homem permanece
Com fama e felicidade
A mídia sempre enaltece
Respeitando sem maldade,
Leva o título de doutor
Capitão a promotor
Cheio de capacidade.

Não consigo mesmo entender
E nem sei qual a razão,
Quando a falência vem
Os falsos amigos se vão,
Até mesmo os verdadeiros
De tal modo bem cabreiro
Como antes já não são.

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