quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sonho quase real.




Tão real nunca vi
Mesmo de olhos fechados
Bem distante de você
Como se fosse ao lado
A ouvir e ver
Nitidamente a dizer
com murmúrio labiado.

Lábios entreabertos
A dizer, me ama.
Em direção a cama
Em busca de um beijo
Passo airoso e modulado
Deslumbra inspirado
No real desejo.

O pensamento discorria além
O inconsciente se materializava
O perfume com a mesma fragrância
Sua imagem não embaciava
Perfeita relevância
Encravada na esperança
Tão real se mostrava.  

Ao ar do ventilador
Seu cabelo estremecia
Na moldura dos seus passos
Enchia-me de alegria
Tão límpida visão
Mas não passou de ilusão
Quando amanheceu o dia.
















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