terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Masmorra


Vida, súbita vida
Vida de amarga dor
Por que como tantas vidas
Tenho eu nesta cativa
A sina de um sofredor!

Deste semblante tristonho
Escorrem ardentes lágrimas
Ah! Vida, que sofro tanto
Dos meus olhos a um encanto
Fica a distância das asas

Não entendo por qual razão
Vivo eu esta amargura
Esta luz que me alumia
Sempre é luz de fim de dia
Sinto minh’alma escura

Nos meus sonhos vejo um rosto
Que pra mim se transfigura
No mesmo vivo sorrindo
Ao acordar vai surgindo
Esta dor que me tortura

Por que mulher amada
Só em sonhos me procura?
Por que não fica comigo?
Eu quero ser seu amigo
Fica comigo, me jura

Enquanto vou te pedindo
Pra acabar com meu sofrer
Meu peito dilacerado
De dores vive acabado
Mesmo em sonho quero ter-te.

Vou soltar meu passarinho
Pra bem alto ele voar
Vou ficar aqui à toa
Vivendo nesta masmorra
Penando neste lugar.

E tu meu passarinho
Bata as asas em teu voar
Se me queres ser propicio
Me faça por benefício
Busque o fim do meu penar

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