sábado, 13 de novembro de 2010


Pardal

Entrando foi o pardal
Pouco a pouco na cidade
Conquistou o povo urbano
Cheio de felicidade
Em turma como cigano
Com astucioso plano
Aumentou em quantidade.

Na nova civilização
Come e bebe todo dia
Sem saudade do passado
Pela seca que havia
Cá na sede é encorajado
É mesmo desaforado
Invasor de moradia.  

Não é como andorinha
Que volta em cada verão
Bebe água de torneira
Sem nenhuma inibição
E se a dama der bobeira
Vacilar qualquer besteira
Come junto com o patrão

   O pardal e a pardoca
   Aninham nas residências
   Solta sempre seu piolho
   Tumultua com freqüência
   No canteiro o repolho
   A alface em refolho
   É picado sem clemência

    O elemento é demente
    Não respeita o cidadão
    Quando a fome nele chega
    Da uma de espião
    Flerta pelo telhado
    E se ver desocupado
    Mergulha no caldeirão

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