quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Rosa


Toda rosa quando nasce
Tenta ao mundo agradar
Exala o seu perfume
Harmoniza todo ar
Esse gostoso costume
Com certeza se resume
No amor e no amar.

 



Beleza das flores



Por ser bela uma flor
É universalmente apreciável
Vida curta com valor
Carícia de um amor
Singeleza reparável

Com cheiro bom ou ruim
A natureza lhe adotou
Orquídea, rosa ou jasmim
Namoro do meu jardim
Que a beleza cultivou.

Encanta-me seu encanto
Destina-me a imaginar
Nossa expressão defronta
A natureza desponta
Com o amor a debutar


Criança e o amanhã



                              O amanhã se conquista
Com o alicerce presente
De forma bem realista
Expectativa otimista
De um futuro decente

Criança é esperança
De um futuro melhor
Estudo e perseverança
Encurta essa distância
E a chance fica maior

Bem pensasse a criança
Ao estudo priorizava
O maior bem de herança
Herdado desde infância
E o cupim não o estragava

O alicerce da vida
Renasce da perfeição
Cresce o homem para lida
De alma e mente erguida
Preparado pra nação.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vidente Pombo Roxo

Na Velha, Pilão Arcado

Viveu um ser diferente
Atendia por Pombo Roxo
Humorado e sorridente
Deixando triste nos rostos
Prenuncio desse vidente

Tinha a morte como madrinha
Segundo o mesmo afirmava
O povo morria de medo
Quando se aproximava
Pois, sempre nos seus enredos
O recado da madrinha,
Pombo Roxo não faltava

Mas precisamente dindinha
Pois, assim ele chamava
No ombro que ele batia
O sujeito já tremia
Da noticia que ele dava
E pouco tempo vivia
Aquele que ele agourava.

Pombo Roxo a cidade
Por algum tempo garantia.
Até chegar o outono
Como ele então dizia
Não morre um conterrâneo
E a predição se cumpria

Logo após aquela data
Pombo Roxo anunciava
-Dindinha já está em ação
E o povo se preocupava
Tristeza e desilusão
Era tudo que restava

Numa certa ocasião
Na ilha onde morava
Pombo Roxo no terreiro
O seu marí descascava
Aquele vulto ligeiro
Tal como um leque de gelo
Rapidamente passava.

Disse ele a sua esposa:
Dindinha passou por aqui
Foi buscar Joviniano 
E tão logo pode ouvir
Gritos de filhos chorando
Por ele está a partir

Quando chegou a noticia
De tudo que aconteceu
Nem tampouco comovia
Com aquilo que se deu
Pois de tudo já sabia
E nem se quer se mexeu.

O tempo foi passando,
Pombo Roxo não adoecia;
Um especulador inquieto
Perguntou-lhe o que fazia
Pra ta lúcido e completo
E ele então lhes respondia: 

Meu caro quero dizer-lhe
Sem rodeio e discreto,
Dindinha tenta me levar
Mas sempre lhe dou um neto
Ficando a me aguardar
Pro momento em que achar
Que seja mais predileto.

E desse modo acontecia
Por coincidência ou não
No meio das profecias
Muitos jovens faleciam
Neto desse cidadão

Pelo visto a dindinha,
Como ele denominava
Fazia a sua vontade
Do jeito que combinavam
Com um de menos idade
Dindinha se conformava.

Assim a coisa foi andando.
Do seu próprio destino não sabia,
Os boatos da barragem
Muito medo nos trazia
Causou enorme turbulência
A migração em freqüência
Todo instante acontecia.   

Como todo nordestino
No vai e vem da vida
Pombo Roxo fez presente
Chorou triste despedida
Foi morar com seus parentes
Sem ter opção e saída.

Chegando então em São Paulo
Com sua esposa Beija Flor,
Como então ele chamava,
Por informação que tive
A missão continuava:
Disse ele ao um cobrador
Seria o ultimo troco que passava.

Naquele exato momento
Um tiroteio acontecia
O cobrador foi atingido
No hospital falecia.
Ficando então comprovado
Pombo Roxo foi aprovado
No campo da profecia.

Triste assobio


Um assobio
Assobiando nas alturas,
Um arrepio
Arrepiando as criaturas,
A lua cheia
Iluminando com ternura,
Um lobo triste
Enamorando com doçura.
A dama linda
Afadigada na clausura.
Um moço dócil
Envolvido na luxuria.
Um pobre homem
Peregrina de amargura.
De madrugada
Da canseira essa loucura

O Cavaleiro


Também na velha cidade
Os mistérios aconteciam
Sempre nas madrugadas
Certo galope se ouvia.
De dentro de nossa casa
Dava medo que tremia

A noite se encompridava
Com aquela movimentação,
O coração tanto batia 
Era grande confusão,
Dali sequer ninguém saía
Pra flertar aquela ação.

Dia seguinte se ouvia
Cochichos de toda voz,
Ninguém dizia: eu vi,
O tal cavaleiro veloz
Mas se percebia em si
O medo do dia após. 

          Uns ainda diziam:
          Saí mas não alcancei,
          O bicho era tão ligeiro
          De tal modo que nem sei,
          Fosse mesmo um cavaleiro
          Ou fruto do devaneio.

          Mas se muita gente ouvia
          Mentira não podia ser,
          Algo da imaginação ou não 
          A afirmativa era pra valer,
          O tal cavalo ligeiro
          Onde foi seu paradeiro,
          Hoje não sei dizer.




MINHA VERDADE

A minha verdade é objetiva e sincera, mas dentro do meu ser há um ser que ignora o verdadeiro espírito de verdade de cada um. De dez ouvidos, algo de noticiado do mesmo acontecimento, procuram contar sua verdade protestando ser a verdadeira no meio das demais que também não se igualam, transformando-se num conflito de idéias nocivas e insensatas que não chegam a lugar nenhum. Portanto, minha verdade não é a única verdadeira, mas, a que mais confio; confio por não conseguir me enganar, por mais que tente o interno jamais enganaria o externo, é bem provável que o homem quando se engana já antecedia com a intenção premeditada no fundo da alma. Na verdade a verdadeira verdade a humanidade ás vezes se nega a falar, sem generalizar, mas muitos para falar a verdade ou até mesmo para mentir precisam ser pagos. O pássaro uirapuru quando canta na Amazônia toda floresta silencia para ouvir o seu canto, é como o homem que fala verdade, toda sociedade gosta de ouvir, mas o desclassificado todos duvida mesmo que esteja correto. Portanto, permaneço lúcido e sensato com minha verdade, mas no meio da promiscuidade do verdadeiro espírito de verdade da sociedade em que vivemos entristeço.

 


 






domingo, 9 de janeiro de 2011

Soneto

Fé e amor


Não me fere a fé
E me fere o amor
Não me agatanha
Mas ferve de dor.

Fé é ter sem ver
Amor às vezes não
Vive em nossos olhos
Sai do coração.

Amor por Deus e ela
Fé por Deus amor
Nela concretiza.

Sai de dentro o amor
Mas vejo em minha frente
Apaziguando a alma.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

MENSAGEM PARA O NOVO ANO


Amigos seguidores e visitantes.

No horizonte que brilha no nascer de cada ano, desaparecem do nosso imaginário muitos sonhos que não se transformaram em realidade. Mas a esperança continua firme alimentando novos sonhos para que os mesmos alimentem a vida. Vida sem sonhos não pode ser vida, mas um vegetal que não usufrui e é sempre usufruído. No chão caminhado dos meus altos não me cansei dos nãos e nem das desilusões. Quantas decepções vividas! E ainda não sou indicado a dizer que servir, mas quando pude disse sim, noutras momentos disse não. Servir ao necessitado é serviço, servir ao oportunista é ser usado. O homem desprovido de discernimento, sempre se engana ao servir e é um grande servidor aos que menos merecem, deixando o seu serviço no anonimato para aquele que tudo pode e tudo vê. Portanto façamos deste ano um ano de caridade e de serviço aos mais pobres e pedimos toda força do altíssimo para que nos faça homens e mulheres dotados de discernimentos.
Saudações fraternas do blog ROBERTINHO DO PILÃO para um ano de paz e amor aos nossos seguidores e visitantes.

Alerta pra vida




Que o homem dê um basta
Na fortuna adquirida
Sugada da natureza
Frágil e desprotegida
Findando sua beleza
No intuito da riqueza
Comprometendo a vida

A vida da humanidade
Do planeta em geral
Toda raça é ofendida
De maneira crucial
Na rotina repetida
O tratamento da vida.
Tem sido muito brutal. 

          Duas portas nos assistem
          Rui Barbosa já dizia:
          Entraria pela vida
          Pela morte sairia
                        A chegada e a saída
         Pra vida ser ofendida!
         É mesmo uma rebeldia

         Estou vivendo a vida
         Respirando sempre menos
         O ar puro que preciso
         Transforma-se em veneno
         Poluindo o paraíso
         Com essa falta de juízo
         Nosso espaço está pequeno

         Apequena-se, a vida
         Limitando-se, procriações,
Causando mudanças climáticas,
Enormes devastações
Efeito estufa é temática
O mundo inteiro enfática
O perigo das nações

Mas pedimos com coerência
Que se tenha compaixão
Encontrando uma saída
Com vontade e afeição
“Escolhe, pois, a vida”
Para Deus, mais preferida
Com a divisão do pão.