terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Cavaleiro


Também na velha cidade
Os mistérios aconteciam
Sempre nas madrugadas
Certo galope se ouvia.
De dentro de nossa casa
Dava medo que tremia

A noite se encompridava
Com aquela movimentação,
O coração tanto batia 
Era grande confusão,
Dali sequer ninguém saía
Pra flertar aquela ação.

Dia seguinte se ouvia
Cochichos de toda voz,
Ninguém dizia: eu vi,
O tal cavaleiro veloz
Mas se percebia em si
O medo do dia após. 

          Uns ainda diziam:
          Saí mas não alcancei,
          O bicho era tão ligeiro
          De tal modo que nem sei,
          Fosse mesmo um cavaleiro
          Ou fruto do devaneio.

          Mas se muita gente ouvia
          Mentira não podia ser,
          Algo da imaginação ou não 
          A afirmativa era pra valer,
          O tal cavalo ligeiro
          Onde foi seu paradeiro,
          Hoje não sei dizer.




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